domingo, 1 de março de 2009

SANTA MARIA


Santa Maria é uma freguesia do concelho de Tavira, com 135,09 km² de área e 6 672 habitantes (2001).
Densidade: 49,4 hab/km².
Santa Maria, freguesia do concelho de Tavira, distrito de Faro, abrange uma área de 13,520 hectares e tem como freguesias limítrofes Santiago, Cachopo, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santo Estêvão e Conceição de Tavira, todas pertencentes ao concelho de Tavira, Vaqueiros - Concelho de Alcoutim, Odeleite – Concelho de Castro Marim.
A origem da freguesia de Santa Maria remonta à ocupação desta área pelos povos gregos e túrdulos, que aqui chegaram atraídos pelo porto de mar. Nos inícios do século VIII esta terra algarvia foi pisada pelos romanos, que nos deixaram marcas comprovativas da sua passagem. Da época árabe registam-se alguns vestígios arqueológicos e é provável que no Alto de Santa Maria, no local onde hoje se localiza a Igreja Matriz, se situasse a Mesquita Maior, templo dos crentes de Alá. Nesta altura, pelas mãos dos árabes, foi iniciada a urbanização do alto de S.Francisco. Em 11 de Junho de 1242, as tropas de D.Paio Peres Correia conquistaram este centro urbano aos árabes e nesse ano foi criada a freguesia de Santa Maria, tendo por padroeira Nossa Senhora da Assunção. Pouco tempo depois, em 1266, foi concedido foral de vila a Tavira. No decorrer dos séculos, Tavira tornou-se um centro de actividades comerciais, recebendo navios de diversas origens que aqui vinham comprar, entre muitos outros produtos, sal, peixe seco, alfarroba, vinho, fruta e diversos produtos agrícolas. Na época da expansão marítima e dos Descobrimentos, mais precisamente no ano de 1425, as caravelas de D.João I que tinham partido à conquista de Ceuta aportaram em Tavira. Tavira foi elevada a cidade em 1520 por D.Manuel I, que também lhe concedeu o segundo foral, por ser o principal porto comercial e o principal aglomerado populacional do Algarve. Com o abandono das praças de África, a mudança dos mercadores e homens ricos para Sevilha perante as novas perspectivas do comércio com as Índias ocidentais, o assoreamento do rio e o aumento da tonelagem das embarcações, a actividade portuária acabou por se reduzir, contribuindo para a estabilização da população. As funções de Tavira ficavam então muito limitadas às pescas, às salinas e à agricultura, com as produções tradicionais da exportação (peixe, sal, figo, azeite, vinho, amêndoas e alfarrobas). A cidade perdeu o seu bulício de outrora, estagnou por longos anos em termos económicos, demográficos e físicos. O crescimento urbano posterior ao século XVI e até meados do século XIX apenas teve expressão na Ribeira e nos quarteirões da margem direita do rio e foram edificadas uma série de construções notáveis, que actualmente são parte integrante dos seus valores patrimoniais.
Principais sítios desta freguesia: Águas dos Fusos, Altura dos Milhanos, Arraial, Asseca (este sítio é, aínda, partilhado pelas freguesias de Santiago e Santo Estêvão), Barrada, Beliche, Bodega, Borracheira, Campeiras, Caniços, Capelinha, Cintados, Corte Besteiros, Corte Perdida, Cotovia, Covas de Gesso, Cruz dos Colos, Curral dos Boieiros, Eira da Palma, Encruzilhadas, Fonte Salgada, Fornalhas, Fuseta, Malhada do São, Malhadinha do Poço, Mato de Santo Espírito, Pegada, Picota, Pocilgas e Casinhas, Poço do Vale da Vaca, Pomar, Quatro Águas, Ribeirinha da Umbria, São Marcos, Soalheira do Pereiro, Soalheira do Vale da Murta, Tafe, Taleiros, Tira Baixo, Umbrias do Camacho, Vale Caranguejo, Vale Covo, Vale Formoso, Vale de Junco, Vau e Zimbral.

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