terça-feira, 30 de junho de 2009

VASSOURADA XIX

Offshore socialista

"A última novidade do Governo socialista do senhor presidente do Conselho é uma coisa chamada Fundação para as Comunicações Móveis.
Esta entidade, cozinhada no gabinete do ministro Lino, ex-TGV e ex-aeroportos da Ota e Alcochete, foi a contrapartida exigida pelo Governo a três operadores para obterem as licenças dos telemóveis de terceira geração.
É privada, tem um conselho geral com três membros nomeados pelo Executivo e um conselho de administração com três elementos, presidido por um ex-membro do gabinete do impagável Lino, devidamente remunerado, e dois assessores do senhor que está cansado de aturar o senhor presidente do Conselho e já não tem idade para ser ministro.
Chegados aqui vamos à massa.
Os três operadores meteram até agora na querida fundação 400 milhões de euros, uma parte do preço a pagar pelas tais licenças. O Estado, por sua vez, desviou para esta verdadeira offshore socialista 61 milhões de euros. E pronto. De uma penada temos uma entidade privada, que até agora sacou 461 milhões de euros, gerida por três fiéis do ministro Lino, isto é, três fiéis do senhor presidente do Conselho.
É evidente que esta querida fundação não é controlada por nenhuma autoridade e movimenta a massa como quer e lhe apetece, isto é, como apetece ao senhor presidente do Conselho.
Chegados aqui tudo é possível.
Chegados aqui é legítimo considerar que as Fátimas, Isaltinos, Valentins, Avelinos e comandita deste sítio manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado não passam de uns meros aprendizes de feiticeiro ao pé da equipa dirigida com mão de ferro e rédea curta pelo senhor presidente do Conselho.
(Também por isso a coordenação de todas as forças policiais está sediada no seu gabinete, ai se não estivesse)
Chegados aqui é legítimo dar largas à imaginação e pensar que a querida fundação, para além de ter comprado a uma empresa
(empresa relapsa ao fisco e neste momento já, sob investigação do Ministério Público)
uma batelada de computadores Magalhães sem qualquer concurso, pode pagar o que bem lhe apetecer, como campanhas eleitorais do PS e dos seus candidatos a autarquias, e fazer muita gente feliz com os milhões que o Estado generosamente lhe colocou nos cofres.
Chegados aqui é natural que se abra a boca de espanto com o silêncio das autoridades, particularmente do senhor Procurador-Geral da República, justiceiro que tem toda a gente sob suspeita.
(Não falamos do Provedor de Justiça porque Portugal não tem nenhum e pelos vistos nem precisa)
Assim é legítimo pensar que a fundação privada criada pelo senhor presidente do Conselho é um enorme paraíso fiscal, uma enorme lavandaria democrática."

António Ribeiro Ferreira

4 comentários:

O País está Perdido disse...

E pensar eu que um desgraçado internauta foi condenado por ter ripado um mp3.

Que vergonha

Anónimo disse...

por um gesto de de nada um ministro vai para a rua.

O primeiro que faz as maiores cagadas continua.

Este pa~is está perdido.

Felizmente que ainda ficaram muitos para nos fazerem rir.

Ficar o "jamais" mostra bem o nível a que os socialistas chegaram

Anónimo disse...

O Comendador Cornudo vai ser indeminizado pela injustiça desta demissão.

Não se admite que vá para a rua por uma mijinha de nada.

Além do mais aquela linguagem gestual não passou de um auto-retrato

Anónimo disse...

Sai "el cornudo" e passa a pasta ao outro estarola "el lyno"

Assim será bem mais fácil manobrar a fundação mobilé

Tempestade Perfeita